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22 de janeiro de 2008

Quando for grande quero ser como o Robin


A atracção pelo meu baú de recordações, não para de apelar à minha atenção.
Nem me apetece negar que isso seja um sinal de velhice, admito perfeitamente que sim.
Também não acho que esse sintoma seja um sinal de saudosismo que penso, ser maleita que não me aflige.

Confesso que gosto de rever algumas imagens, porque também acho que vistas com olhos de ver, que neste caso só eu sei descortinar, podem também ser reveladora de certa maneira do que são os traços do nosso carácter.

Tudo isto para explicar, como se vê, que estou mascarado de Robin dos Bosques.

Lembro-me ainda hoje perfeitamente, que era um fã dessa história passada nos bosques de Sherwood, no tempo do usurpador João, que se havia apoderado do trono de Ricardo coração de leão, que envolvido nas cruzadas havia sido aprisionado.

Alguém me lera essa história, que me apaixonara e provavelmente desde essa altura e ao longo da minha vida tenha sempre preferido o lado dos que lutam pela liberdade, pelos mais desfavorecidos e abomine usurpadores, traidores e respectiva corte.

Relembro que nesse tempo não havia a industria de máscaras de Carnaval já feitas, pelo que toda ela foi confeccionada pela minha mãe, (menos s botas claro). O arco, as flechas e o respectivo suporte para as ditas, tudo feito por um tio meu que na altura connosco vivia.

Não explico por não saber a razão porque apareço mascarado de "canhoto", segurando o arco ao contrário da minha tendência natural de dextro.

Talvez contudo, também aí possa haver um sinal que tenha ficado para a vida, esta mania de ser "esquerdalho empedernido."

Como eu desejo ainda hoje ,quando for grande, vir a ser como o Robin Hood.

5 comentários:

xistosa, josé torres disse...

"Lembro-me ainda hoje perfeitamente, que era um fã dessa história passada nos bosques de Sherwood, no tempo do usurpador João, que se havia apoderado do trono de Ricardo coração de leão, que envolvido nas cruzadas havia sido aprisionado."

Eu contraponho:

"O aprazado combate de revancha das Cruzadas está-se a travar de um modo isolado e sub-reptício.

Os terroristas, por agora, estão a fazer uma guerra de guerrilha."

Hoje temos que amaldiçoar os "Corações de Leão", pelo menos enquanto, Osana bin Laden não possuir a bomba atómica.
Depois morreremos a pensar nisso ...

Luís Maia disse...

Caro Xistosa

O que me fascinava não era o Ricardo nem as cruzadas, era a capacidade de luta desinteressada por um ideal, os valores da amizade.
Valores que são os meus ainda hoje e a admiração que tenho por quem é assim ainda que não concorde com elas.
Os cruzados de hoje não têm o meu respeito, aliás os de ontem, também não, já que os seus objectivos eram o saque e a pilhagem, tal qual os cruzados de hoje.
Um abraço

maria faia disse...

Ah Luis


tenho a impressão que este talvez seja o teu post em que estou totalmente de acordo contigo.
Menos no ser esquerdalha empedernida, isso nunca fui. esquerdalha, evidentemente.
Sorriso

Robin dos Bosques, apaixonei-me por ele.
Li o livro uma dezena de vezes.

xistosa, josé torres disse...

Pela postagem, verifiquei qual era a meta ...
Sou um espirito de contradição ... ou será contenção ? Já nem eu sei.
Só me referi ás "cruzadas", pelo simbolismo que actualmente pulula em certos locais.
Na vida sempre houve vencidos e vencedores, ladróes e homens justos e será assim ...
Agora a amizade e os valores pela causa que cada um defende, não t~em preço.
Por isso estão a extinguir-se ...

Luís Maia disse...

Cari Xistosa

As suas mensagens são sempre bem vindas e acredite que embora possa parecer, normalmente até nem discordo do que diz.
Só que tenho a mania de tentar sintetizar tantos os comentários que faço que às vezes lidos no outro dia admito que possam dar a entender um certo tom mal disposto (que normalmente não tenho), ou ás vezes de discórdia o que nem é o caso muitas das vezes, é com o intuito de acrescentar mais qualquer coisa à ideia.

Um abraço

Luís Maia

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