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16 de janeiro de 2008

Fazer Amor versus Sexo


Gostei imenso do post da Isabela, mas não estou nem um bocadinho de acordo com o post do Luís Maia

Fazer amor não é é estar todos os dias em todas as ocasiões ao lado de quem se ama, segurar a mão quando o outro sofre, sentir que a nossa vida não é nada se um dia ficarmos sós. Fazer amor é tudo isso que se pode fazer e sentir. ”

Fazer amor, para mim, não tem rigorosamente nada a ver com o que Luis Maia diz.

Mas antes de dissertar sobre o que para mim é fazer amor, gostaria de dizer que estou completamente de acordo com texto da Isabela, desde que possa inferir que o nosso desejo pode ser igualmente irracional, desalmado, feito de fogo e fúria, de raiva sem objecto e que também pode ser, tão rasteiro, tão cão e tão puro.

Há palavras mais bonitas do que outras, e às vezes nada têm a ver com o seu significado, mas sim com a agressividade do som, com a aspereza.

“Fazer amor” é uma maneira de dizer “ter sexo” ou “fazer sexo”, pelo menos para mim.
É uma questão de socialmente correcto (e aparece-me de imediato um sorriso trocista, porque nem quero acreditar que estou a assumir que sou socialmente correcta), e de maior delicadeza, ou de palavras mais belas e menos agressivas do que sexo.

Por isso, para mim, fazer amor é de certeza fazer ou ter sexo.
Nada tem a ver com o pegar da mão, ou coisa do género.

“Sexo é outra coisa e acho óptimo que nunca se confunda”

Com esta frase, é que me virei do avesso.
Esta frase podia ter sido dita pelo meu avô, que teria agora mais de cem anos.
É uma frase altamente machista.

Amor é dar a mão ao ser amado, quando ele sofre, é estarmos ao pé dele em todas as ocasiões, é sentirmos que a vida nada vale se ficarmos sem ele…… mas SEXO, é para ser feito com outra, que não seja a de todos os dias, foi a elação que tirei, poderá não estar correcta, mas foi o que de imediato associei , mal li esta frase

Fazer amor, sem amor, é talvez o sexo de que o Luís Maia fala. Aquele que se faz com outra, aquele que não se faz com a mulher.

Para fazer amor, para mim, é sempre necessário amor e paixão, e por isso mesmo é fazer sexo, duro e puro, selvagem de preferência.
Por isso, também não é egoísta, nunca o poderia ser.
Porque ao desejo do homem de tal maneira intenso, corresponde o desejo da mulher de igual intensidade e é nessa troca de prazeres, de intensidades, de paixões e de amores, que se perde o egoísmo.

15 comentários:

Luís Maia disse...

Nem sempre me apetece polemizar as questões, Agora de todo em todo é esse o caso.
E será sempre mesmo que gastemos argumentos em mais 50 comentários.
Sempre definitivas as opiniões femininas sobre estas matérias, deixam pouca margem para discussão racional sobre factos.

Achas que não pode haver amor entre um homem e uma mulher mesmo não havendo sexo ?

Poderias amar o teu companheiro mesmo que ele fosse incapacitado de ter sexo contigo ?

Poderias continuar a amar o teu companheiro, nas circunstâncias anteriores e perceber que ele compreenderia que terias necessidade animal de ter sexo com outro ?

Se há diferenças qual o sexo que se deve fazer com a mulher e o sexo que deve fazer com as outras ?

Eu é que tenho 100 anos ?

Talvez não valha a pena perderes tempo em responder-me.
Macho e fêmea terão sempre visões diferentes sobre estas matérias porque somos seres biológica e mentalmente diferentes.

è como aquelas discussões entre casais que se chama "Discutir a relação", que algumas mulheres adoram fazer.Não levam a nada, porque não se discutem sentimentos.

Provavelmente porque nunca o fizemos que estou casado há 43 anos

xistosa, josé torres disse...

"Para fazer amor, para mim, é sempre necessário amor e paixão, e por isso mesmo é fazer sexo, duro e puro, selvagem de preferência."

Isto é outra coisa que não quero comentar ...

INTÉ!!!

maria faia disse...

Luís

Não podes estar sempre a ver os meus comentários, ou os posts como ataques.

É verdade que lá para o fim te ataco um bocadinho, mas também não me digas que levas sempre tudo assim como ofensa pessoal.

A minha opinião foi tão definitiva como a tua, nem mais nem menos.

Penso que pode haver amor sem sexo, mas comigo não duraria muito tempo.
Depende do que pensas como "incapacitado". Se tivesse sido aos 30 anos, garanto-te que não poderia.
Mas se for aos 60 e tiver uma vida por trás com ele, conseguiria com certeza.

Nunca fiz amor animal, sem amor. Concordo que é defeito meu, mas nunca me aconteceu, nunca estive para aí virada, nunca me apeteceu. Para fazer sexo eu precisei sempre de estar envolvida emocionalmente, se não nem ponta tinha.

Tu é que dizes que há diferenças, não sou eu.
Depois de dizeres que há diferenças, que para mim não existem, defino-as, e acrescento que até posso estar errada, mas foi o que essa frase me levou a pensar.

Tu falaste do que achavas e eu falei do que acho.

Sempre ouvi dizer que a idade não é um posto.
Estar casado há não sei quantos anos, para mim também não é.
Mas se queres ir por aí, eu estou casada há 33, são só menos dez do que tu.

Mas nem sei a que propósito isto vem, porque não prova rigorosamente nada.
Casamentos sempre os houve com uma imensidão de anos e não eram bons e houve outros mais curtos fabulosos.
Sinceramente, não sei o que queres provar com o facto de estares casado há 43 anos.

maria faia disse...

Também não sei o que queres dizer Xistosa, e gostava de perceber se te quiseres dar ao trabalho de me explicares.

Mas se não quiseres, não terei mais do que respeitar a tua posição.

Luís Maia disse...

Maria Faia

É a tal discussão interminável, porque homens e mulheres têm (normalmente) visões diferentes sobre esta matéria.
Nunca de sinto atacado quando discordam de mim. Aceito que pela forma vigorosa como defendo os meus pontos de vista possa parecer que estou muito ofendido, mas não.
Gosto de trocar ideias, mas acho que quando falamos de sentimentos ou de sensações fica mais difícil. Não me sinto habilitado a falar sobre isso referindo "toda a gente", quando só sei de mim e mal às vezes.
Os anos de casado não são um emblema, apenas o referi para ilustrar a ideia que tenho que a obsessão que algumas mulheres têm de discutir tudo pode matar uma relação e dei como exemplo a minha por nunca termos feito isso.
Quero dizer, que não teria pachorra para aturar uma mulher dessas, tipo "estás a ler o jornal porque já não gostas de mim como antigamente".
O amor não se quantifica, nem se compara, cada um ama como sente e como sabe,não vale discutir sobre isso, tentando que o parceiro seja o que nós queremos que ele seja.

Não vale a pena malhar em ferro frio, somos diferentes sexo para ti e tem que ter sininhos a tocar e beijinhos de amor.
Sexo é complemento, é sobremesa, não é prato principal contudo não passarias sem a refeição completa.
Para mim refeição completa é óptimo, mas não precisa sempre de ser completa, posso ficar só pelo pudim flan, sem ter que comer as favas com entrecosto primeiro.
Agora acontece é que como sou muito guloso a sobremesa é para abocanhar, comer com as mãos lambuzar-me todo. As favas devo comer cuidadosamente com elegância, deliciando-e com cada fava que como.

Luís Maia disse...

Como infelizmente a Isabela não é cliente da Casa Comum, reproduzo um comentário que ela faz no post Come-me.

Nem sempre se encontra uma mulher diferente

Diz ela :

Isso que dizes aplica-se aos homens e à mulheres. As pessoas tem do sexo uma ideia hollyodesca. Belos corpos iluminados com cores quentes, em posições estéticas, música de fundo, florzinhas; depois tentam reproduzir o ambiente e o acto sai muito artístico mas pouco vivido e sentido.
O sexo é refocilamento. Não tem nada de estético. É canino. E quando é assim, foda-se, é bestial, e vale a pena uma pessoa andar cá a engolir sapos.

maria faia disse...

Sou leitora assídua de O Mundo Perfeito, e li esse comentário, e estou completamente de acordo com ele, além de também estar com o post dela, desde que possa incluir as mulheres com o mesmo tipo de desejo.

Não estou é de acordo com o teu, exactamente pelas diferenças que queres fazer entre fazer amor e fazer sexo.

Nunca disse que sexo para mim tem de ter sininhos a tocar, nem percebo onde vais buscar essa ideia.

O que eu disse, é que não sou capaz, que nunca me interessou, fazer sexo sem eu estar envolvida emocionalmente.
Se isso para ti são sininhos a tocar....é-me indiferente.

Se para ti fazer amor é só a ternura que se tem com o parceiro, sem meter sexo pelo meio, eu entendo.

Então estamos é a entrar num mal entendido quanto ao uso da palavra.

Mas eu expliquei bem, no meu post que dizer "fazer amor", é só uma convenção, um politicamente correcto, em vez de se dizer, "fazer sexo".

E também, provavelmente percebi mal o que tu querias dizer com o teu fazer amor.

É uma convenção Luis, mais nada.
Por isso, já nem sei que te diga.
Para mim fazer amor ou sexo é exactamente igual.

Por outro lado, tanto quanto estou a perceber agora, tu queres dar-lhe um sentido novo, que é o de ternura sem sexo.

É essa a tua novidade?
Se é , penso que não foi bem explicada, pelo menos para mim.

Mas continuo a dizer que a frase "fazer amor" para mim é igual a "fazer sexo"

O que tu chamas de fazer amor, eu chamo ternura, amor, mas não entra o verbo fazer.

maria faia disse...

Estive a ler o meu post outra vez, e palavra que não percebo, os teus comentários.

Nem um, dos teus comentários.
O meu post, está bem explicado.

Quando muito o que me poderias atacar é exactamente, pelo oposto do que dizes.

Tu queres fazer diferenciação entre as duas palavras e eu como não a faço, deverias-me atacar pelas mesmas razões do Xistosa, nunca por aquilo que dizes.

xistosa, josé torres disse...

Normalmente quando faço uma postagem, não volto ao "local do crime".
nei sei porque voltei, se voltei ou se me perdi ...
Por exemplo, estarmos ambos na cozinha e sem contar, pensar ou admitir, transformar a mesa da cozinha, no mais macio dos leitos.

Isto, para mim è que selvagem, duro bruto e animal ... mas humano, doce e meigo!!!
O resto são historietas ...
INTÉ!!!

maria faia disse...

Pois, Xistosa

mais uma vez, estou completamente de acordo

Luís Maia disse...

Vamos esclarecer uma coisa eu quando digo que o sexo é um acto egoísta, é porque o objectivo concreto é o prazer pessoal ou sendo mais terreno o gozo próprio.

Se eu proporciono prazer à parceira é para EU ter ainda mais prazer

(Alguma mulher fica encantada com um parceiro constantemente despachadinho ?)

Xistosa

Eu também vi esse filme O Carteiro toca sempre duas vezes e francamente não sei qual a necessidade de acrescentar a ideia que em cima da cozinha (e tendo como referencia a cena desse filme que provavelmente todos nós vimos)

que aquele acto é também, humano meigo e doce.

Como e digo fica bem por sininhos a tocar e florear de cor-de-rosa.

Meigo e doce é depois quando se retomam a posse dos sentidos que foram vaguear pelos meandros da fantasia.

Humano meigo e doce, é estar os dois aninhados, quando chove lá fora e eu lembrar-me que aquela minha companheira, sofreu comigo tanta coisa, que com ela tivemos alegrias e passaram anos cresceram filhos, passamos mal e também nos rimos e que houve um Natal em que me lembro que lhe dei um par de chinélos de plástico, porque não tinha dinheiro para mais.

Compreendo a razão porque as mulheres sentem necessidade de afirmar que para haver sexo é preciso amar primeiro, sem isso não há sobremesa.

É o peso da culturazinha judaico-cristã, do complexo de culpa por gostar de sexo.

No fundo só as putas podem ter sexo sem amar enormemente, isto foi-lhe inculcado é atávico.

Claramente as mulheres mais jovens já não pensam assim, acho eu. Porque será ?

Luís Maia

maria faia disse...

Não condeno ninguém que goste de sexo pelo sexo, mas nem me passa pela cabeça.

Uma coisa tão boa, porque se não há-de gostar?

O que eu disse, é que EU, nunca me tinha apetecido fazê-lo de outra maneira.

É atávico? e depois? o problema seria meu, se por acaso eu achasse que era problema.

Na mesa da cozinha, não direi, porque é muito fria, mas sobre a da casa de jantar, podes crer que é muito bom.

Luis o egoísmo deixa de existir, por se anular, quando o homem dá mais prazer à mulher para ter mais prazer, e por seu lado, a mulher der mais prazer ao homem, para ter também mais prazer.
No fundo, estão os dois interessados com que o outro goze imensamente.
Para mim isso não é egoísmo.
Egoísmo é satisfazer-se, sem se preocupar muito se a companheira/o o tem ou não.

temos noções diferentes para as mesmas palavras.

Mas como costume, gosto muito de trocar ideias contigo.

xistosa, josé torres disse...

Não gosto de entrar em polémicas, nem em intimidades, que não levam a nada.
Pois posso mentir à vontade ou dizer a verdade, que a Web, ficará na mesma.
Não vi o filme, apesar de o possuir em cassete, (nem sei se é assim que se chama), como não vi quase nada de 79 a 92, por vicissitudes várias dum familiar muito próximo que adoeceu.
Eu era o único que tinha tempo e disponibilidade, dada a posição que ocupava no trabalho.
Foram 14 anos que não desejo a ninguém e que não vivi.
O meu filho tinha 4 anos e a minha filha 2.
Quando verdadeiramente os pude apreciar, eram do meu "tamanho"

O sexo, se não começa pelas mãos ... tem que começar por uma qualquer hormona emanada dum qualquer local "estratégico".
Aos 61 anos, não há regras ... nem horários a cumprir ... mas há mãos, olhares, concordâncias e cumplicidades que já foram criadas e alicerçadas ao longo dos anos.
E se de repente vamos sair para um jantar e um casaco de pêlo, que até nem os tem muito compridos, nos começarem a fazer comichão ... deixamos que se perca a ocasião?
NÓS perdemos o jantar ...

Não somos animais?
A única diferença é que temos sexo com a(o) mesma(o) parceira(o), mas o instinto é animal.
Também há a diferença, de podermos tomar banho num quarto de banho super aquecido, num dia frio e a chover torrencialmente, sem ver nada, pois os vidros embaciam ...
Ou andarmos os dois a limpar o pó e caírmos "exaustos" no sofá.
Temos que aproveitar os bons momentos da vida e não vejo nada melhor que sexo já habitual, em que ambos sabem o que procuram e podem provocar no outro ...
Tenho dito ... que são 4 da manhã!

xistosa, josé torres disse...

Esqueci-me de dizer algo, que a mim não me perturba ...
Não é só esse filme que ainda nãi ví, são algumas, muitas dezenas de cassetes que ficaram para trás na vida.
Perdi a oportunidade, mas não me lamento ...
Um dia irei vê-las ... talvez do outro lado, eu que não acredito em fantasmas.
É ou era tudo!

maria faia disse...

mais uma vez, Xistosa, se me deixares, subscrevo totalmente o que dizes, mesmo em relação ao filme e as tantos outros que nem me interessa ver.

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