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14 de janeiro de 2008

Não se faz amor de madrugada

Pelo menos pedi desculpa à Isabela, por transcrever aqui, este seu texto, que com o título Come-me, publicou no seu magnífico blogue O Mundo perfeito.

Diz ela o seguinte

No desejo dos homens não há moral nem culpa nem censura, mas bruteza e urgência e um desespero estrangeiro. O desejo dos homens é cego e surdo-mudo. Cheira como um cão, e abocanha, e morde no escuro, guiado pelo faro e lambuzado de saliva; é a besta perdida e esfomeada da matilha. O desejo dos homens é uma faca aquecida na forja; terra inculta, ignorante. Os homens não fazem amor connosco de madrugada: puxam a nossa carne, sonolentos e loucos, agarrando-se ao naco mais quente, suado, o qual montam, irracionais, desalmados, comendo-nos com fogo e fúria e raiva sem objecto. E é por esse desejo tão rasteiro, tão cão, tão puro.

Não tendo por hábito, nem por vocação nem por princípio ser crítico literário, gosto de comentar as ideias que os textos que leio os blogues por onde passo todos os dias e que aprecio.

Neste caso acho que o ponto de vista que a Isabela defende é o meu ponto de vista e curiosamente aprendi-o com uma mulher.
Uma mulher superior, com quem me relacionei e que com clareza idêntica ao aqui expresso pela Isabela, considerava que o sexo é um acto de egoísmo puro. Recíproco acrescente-se, embora neste texto não seja dito a menos que o facto da autora o deixar subentendido, quando se não lê em nenhuma
passagem deste texto, qualquer tipo de animosidade contra a entidade HOMEM, na sua vertente animal, afinal como ela diz, assumindo o seu desejo
tão rasteiro, tão cão, tão puro.

Realmente fazer amor como delicadamente de diz, não é o mesmo que fazer sexo. Fazer amor é estar todos os dias em todas as ocasiões ao lado de quem se ama, segurar a mão quando o outro sofre, sentir que a nossa vida não é nada se um dia ficarmos sós. Fazer amor é tudo isso que se pode fazer e sentir.

Sexo é outra coisa e acho óptimo que nunca se confunda





1 comentário:

maria faia disse...

Também estou de acordo que sexo não é a mesma coisa que fazer amor, apesar de divergir um pouco, na tua concepção do que é fazer amor.

mas o sexo feito pelas mulheres não é menos animalesco, nem menos rasteiro, nem menos cão, nem menos puro que o dos homens.

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