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3 de julho de 2012

Intentonas rainhas e outras palhaçadas

  • Intentona da Rua da Assunção-Prisão de Henrique Galvão e outros patriotas

No dia 6 de Janeiro foram presos pela PIDE, sob a acusação de participação numa intentona subservisa, militares e civis membros de um grupo político clandestino formado na sequência da campanha eleitoral de Quintão Meireles.

Os torcinários da PIDE, chamam a este movimento a Intentona da Rua da Assunção, onde foram presos e constituía o seu ponto de encontro e que segundo me constou chegaram a pedir ingenuamente a sua legalização e aquele local a sede do seu grupo.

Como sabes esse pedido, significa nestes tempos um recado tipo "venham aqui prender-nos"

  • Isabel II proclamada Raínha de Inglaterra
Depois da morte de seu pai,o rei Jorge VI, em 6 de fevereiro de 1951, Elizabeth Alexandra Mary, foi coroada como Isadel II tornando-se duma assentada em 6 de Fevereiro, Raínha do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda do Norte, Antígua e Barbuda, Austrália, Bahamas, Barbados, Belize, Canadá, Granada, Jamaica, Nova Zelândia, Papua-Nova Guiné, São Cristóvão e Névis, Santa Lúcia, São Vicente e Granadinas, Ilhas Salomão e Tuvalu



  • Cinema Português
Penso que em verdadeira decadência, comparada com as comédias que recentemente se fizera duma assentada estrearam 3 filmes portugueses a saber :
  • 1 DE JANEIRO - Monumental estreia Madragoa de Perdigão Queiroga.
Intérpretes: Deolinda Rodrigues - Margarida; Carlos José Teixeira - Zé Luís; Manuel Santos Carvalho - Santana das Carnes; Ercília Costa - Isabel; Helga Liné - Clara; Barroso Lopes - Trinca-Espinhas; Maria Olguim - Genoveva; Costinha - D. Eusébio; Assis Pacheco - Tio Julião; Estevão Amarante - Mestre António



  • 24 DE JANEIRO - No São Jorge, UM MARIDO SOLTEIRO de Fernando Garcia,

Intérpretes: Laura Alves - Ema; Eugénio Salvador - José Manuel Tavares; Manuel Santos Carvalho - Manuel, o Padrinho; Alves da Costa - Valentim Seabra e ainda: Manuela Arriegas; Mira de Sousa; Reginaldo Farias; João Lopes



  • 25 DE JANEIRO - No Eden, estreia SALTIMBANCOS de Manuel Guimarães,

Intérpretes: Maria Olguim - Miss Dolly; Artur Semedo - Tony; Helga Liné - Delmirinha; José Victor - Felismino; Manuel Correia - Adriani; Fernando Gusmão - Chico; Jaime Zenóglio - Jesuíno e ainda: Idalina Guimarães; António Rosa; Andrade e Silva; Jorge Tu-Chin


5 de junho de 2012

Morte da rainha D.Amelia

Casa Comum, 31 de Dezembro de 1951
Notas do diário

  • Morte de D.Amélia de Orleães

No dia 25 de Outubro de 1951, a rainha D. Amélia faleceu em sua residência em Versalhes, aos oitenta e seis anos. Tinha sido atingida por um fatal ataque de uremia, morrendo às 9h e 35min da manhã.

O corpo da rainha foi então trasladado pela fragata Bartolomeu Dias para junto do marido e dos filhos, no panteão real dos Bragança, na Igreja de São Vicente de Fora. Esse foi o seu último desejo na hora de sua morte.

O funeral teve honras de Estado e foi visto por grande parte do povo de Lisboa.

  • 3ºCongresso da União Nacional
De 22 a 24 de Novembro de 1951 surge o III Congresso da União Nacional em Coimbra. Marcello Caetano assume-se contra a restauração da monarquia, defendida por Soares da Fonseca.

No discurso inaugural Salazar considerou que a monarquia não pode ser, por si só, a garantia da estabilidade de um regime determinado senão quando é o lógico coroamento das demais instituições do Estado e se apresenta como uma solução tão natural e apta, que não é discutida na consciência geral. comando de um só

Em 23 , Marcello Caetano assinala: o comando político apoiado no sentimento e na vontade da nação, cujos anseios profundos e legítimas aspirações interpreta, exprime e realiza, esse é que é a forma que o novo tipo de Estado solicita para poder corresponder à extensão e profundidade das tarefas que os homens dele esperam ... A História está a gerar novos regimes de Governo por um só, diferentes das monarquias antigas cuja estrutura social obedeceu a condições de vida muito diferentes das actuais.

No dia 24 Miranda Barbosa defende que a restauração monárquica seria o complemento da situação política. Da mesma opinião foi o deputado Avelino de Sousa Campos.

Marcello defende que Salazar deveria ascender à Presidência da República que permitiria que ele mesmo presidisse à sua substituição na chefia do Governo, e assim habituasse o País a ver na presidência do Conselho um homem vulgar, ainda que experiente, sabedor e devotado ao bem público.

Diz que faz essa proposta desde 1947, contra a opinião de Salazar.

Fonte :Prof.Adelino Maltez

30 de março de 2012

Substituição do avô e nova farsa eleitoral

  • Morte do avozinho
É assim que o Estado novo gosta que considerem o presidente Óscar Carmona falecido no dia 18 e Abril. Atendendo ao seu aspecto, é uma realidade, atendendo à sua inutilidade política também, direi que avô e reformado da acção política, não mais que um assinador de decretos do Estado Novo

Carmona morreu com 81 anos em Lisboa e no seu historial ficará o seu destaque no golpe militar do 28 de Maio, afinal a origem de tudo o que hoje se vive.

Carmona já se eternizava no cargo de Presidente desde de 1928.

  • Nova farsa eleitoral

A questão da sucessão suscitou alguns rumores, já que o esvoaçar à volta de Salazar, não passava disso mesmo, a decisão como sempre será dela, porque a Presidência da República é considerada como mais uma peça do jogo de poder.

Dizem que foi Santos Costa que sugeriu o nome de Craveiro Lopes para a sucessão, que para outros como Mário Figueiredo a melhor ideia seria a restauração monárquica. Alguns chegaram a considerara o ditador o ideal para o cargo, mas afinal acabou por ser Craveiro Lopes o escolhido

A oposição como sempre dividida em mil e uma questiúnculas e desconfianças, avançaram com o nome de Rui Luiz Gomes um professor de matemática da Universidade do Porto por parte dos comunistas. Os descendentes do Partido Republicano e os sectores ligados à maç onaria, pela voz de Norton de Matos, depois de tentarem o lançamento da candidatura de Egas Moniz, acabaram por preferir a de Quintão Meireles, um antigo apoiante do 28 de Maio que trouxe para a oposição situacionistas descontentes como Henrique Galvão e o próprio Cunha Leal.

No seu manifesto de 3 de Julho, Meireles considerou que o país está doente e assumiu-se contra o partido único, defendendo a integridade da pátria e da sua extensão territorial ultramarina. Critica a constituição de um partido único, ortodoxo e minoritário.

Uns dias antes, critica acerbamente a candidatura de Ruy Luís Gomes, sugerindo que a mesma se encontra directa ou indirectamente na dependência de uma potência estrangeira.

O certo é que o Estado Novo, acabou por fazer-lhe a vontade excluindo-o no dia 17 de Julho, considerando-o inelegível para o cargo, de acordo com alterações que introduzira 6 dias antes, ao texto condicional.

Acabou por anunciar a desistência em 19 Julho, para não colaborar na mistificação que se prepara. Porque o país tornará a ter outro Chefe de Estado nomeado - mas sem a nossa colaboração.

Entre movimentações de massas, apenas se regista uma sessão de propaganda na Garagem Monumental, ao Areeiro, em Lisboa. Desiste, declarando: o País tornará a ter outro Chefe de Estado nomeado, mas sem a nossa colaboração.

Entre os apoiantes, destacam-se os dissidentes do 28 de Maio, o almirante Cabeçadas, os majores David Neto e Mário Pessoa, bem como Cunha Leal

Sem qualquer dúvida, atendendo aos factos, claro que Craveiro Lopes, foi obrigado a ganhar a palhaçada eleitoral de 22 de Julko

9 de fevereiro de 2012

MND luta pela revisão constitucional

  • Casa Comun, 31 de Março de 1951
  • Notas pessoais
  • MND em campanha pela revisão constitucional
A 19 de Janeiro o Movimento Nacional Democrático inicia, com um jantar de confraternização, uma campanha contra a revisão constitucional com que se pretende alterar o modo de eleição do Presidente da República, suprimindo o sufrágio directo.
  • Eisenhower visita Portugal
No âmbito das actividades da Nato, visita Portugal o general Dwight Eisenhower, herói s
da Segunda Guerra Mundial, responsável máximo pela componente militar daquela aliança político-militar e futuro presidente dos EUA

  • Inauguração da Barragem de Castelo do Bode.

A construção da barragem iniciou-se em 1945 e foi dada por terminada em 1951, sob a direcção do projectista eng. A. Coyne. A empresa construtora foi Moniz da Maia & Vaz Guedes.

A barragem é de betão, por gravidade, mas com curvatura. A altura máxima acima da fundação é de 115 metros. A cota do coroamento é de 124,3 m, e o comprimento do coroamento é de 402 m. As fundações são de gneisse e micaxisto. A barragem
tem um volume total de betão 430 000 m³.



  • Tratado de Paris

Assinado a 18 de Abril de 1951, o Tratado de Paris foi o primeiro Tratado da Comunidade Europeia. Instituiu a Comunidade Europeia do Carvão e do Aço - C.E.C.A.. O objectivo do Tratado de Paris é o de criar, mediante a instauração de uma comunidade económica, os primeiros fundamentos de uma comunidade mais larga e mais profunda, procurando a unidade da Europa em nome da Paz e da prosperidade dos seus povos. Pretendia, para o efeito, a gestão conjunta dos recursos tradicionalmente utilizados para a guerra: o carvão e o aço.

A instauração de um mercado comum do Aço e do Carvão implicou o desaparecimento dos direitos aduaneiros assim como das restrições quantitativas com vista à livre circulação das mercadorias, à proibição de medidas discriminatórias e de ajudas de Estado. Em função das leis da livre concorrência, a C.E.C.A. controla o aprovisionamento e a fixação de preços.

Os seus inspiradores são Robert Schuman, ministro francês dos Negócios Estrangeiros, e Jean Monnet, o seu primeiro presidente.

Foram seis os países fundadores: França, Itália, Alemanha Ocidental, Bélgica, Países Baixos e Luxemburgo.

A CECA tinha como objectivo a integração das indústrias do carvão e do aço dos países europeus ocidentais e é também a primeira vez que havia transferência dos direitos de soberania de alguns estados para uma instituição europeia, entre os quais os que estavam sobro controle Aliado desde o final da Segunda Guerra Mundial através da Autoridade Internacional para o Ruhr, que a CECA absorveu.




5 de janeiro de 2012

Uma nova guerra entre potências

  • Casa Comum, 30 de Sezembro de 1950
  • Notas dum diário imaginário

  • Início da guerra da Coreia.

No passado dia 3 de julho, depois de várias tentativas para derrubar o governo do sul, a Coréia do norte ataca de surpresa a capital do Seul.

A península da Coreia tinha sido cortada por uma linha demarcatória que dividia dois Estados: a República da Coreia a sul e a Republica Democrática da Coreia a norte. Essa demarcação, existia desde 1945, por um acordo entre os governos de Moscovo e Washington, dividindo o povo coreano em dois sistemas políticos opostos, no norte o comunista apoiado pela União Soviética e, no sul, apoiados pelos Estados Unidos

O governo do sul por sua vez enviam tropas comandadas pelo general Douglas McArthur para que a Coréia do sul retire os invasores do seu território.

Em Setembro, as forças das Nações Unidas começam uma ambiciosa ofensiva para retomar a costa oeste, ocupada pelo exército norte-coreano. No dia 15 desse mês, chegam com certa facilidade a Incheon, perto de Seul, e algumas horas depois entram na cidade ocupada. Os setenta mil soldados norte-coreanos são vencidos pelos cento e quarenta mil soldados das Nações Unidas. Cinco dias depois, exactamente três meses após o início das hostilidades, Seul é libertada.

Com essa vitória, os Estados Unidos mantêm sua supremacia no sul. No primeiro dia de Outubro, as forças internacionais violam a fronteira do paralelo 38, como os coreanos haviam feito, e avançam para a Coreia do Norte.

  • Estreia do filme Frei Luís de Sousa

Frei Luis de Sousa um filme de António Lopes Ribeiro. estreia em Lisboa a 21 de Setembro no cinema S. Jorge.

Com Maria Sampaio - Madalena de Vilhena; Raul de Carvalho - Manuel de Sousa Coutinho; João Villaret - Telmo Pais; Maria Dulce - Maria de Noronha; Barreto Poeira - Romeiro; Tomás de Macedo - Frei Jorge; José Amaro - Miranda; Maria Olguim - Aia Doroteia e ainda: Jaime Santos; José Victor; Sales Ribeiro.







  • Faulknner recebe o prémio nobel da Literatura
No dia 10 de Dezembro o escritor norte-americano William Faulkner recebe o Prêmio Nobel de literatura por sua obra


Eterno tímido, costumava dizer que preferia a companhia de seus amigos caçadores e da gente simples de sua fazenda ao brilho das rodas literárias. Tornara-se escritor movido por uma força interior que lhe proporcionava, nos melhores momentos, alçar-se à altura de seus autores prediletos.
Afirmava que não saía de casa sem levar Shakespeare em um bolso e o Antigo Testamento em outro.


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