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16 de dezembro de 2007

Ó gente da nossa terra

A fadista Mariza há dias numa entrevista ao DN, disse que " Dou a cara porque tenho muito orgulho no meu País" a propósito da campanha de promoção da imagem externa de Portugal, em que colaborou e que se iniciou no passado dia 10 de Dezembro.

Não sei porque razão, ninguém lhe perguntou porque tem orgulho no seu País, provavelmente porque ninguém a quis atrapalhar com perguntas objectivas e de resposta difícil.

Ela acha que a imagem que temos lá fora é o de um País acolhedor, com bom clima (não somos responsáveis) e boa gastronomia e muitos dos estrangeiros com quem fala gostariam de viver aqui.

Eu no lugar dos estrangeiros reformados, também era capaz de gostar, desde que fossem respeitadas as seguintes condições.
  1. Não receber a reforma paga pela Caixa Nacional de Pensões, mas igual á que eles recebem e paga em libras ou em "euros alemães", que como se sabe não são iguais aos nossos.
  2. Evitar ao máximo ter que ser assistido, antes de morrer, pela INEM ou pelo Serviço Nacional de Saúde.
  3. Não ser obrigado a ouvir as aldrabices do primeiro Sousa e do chefe Silva.
  4. Estar à vontade para ser adepto do maior clube do Mundo, sem cair no ridículo
Até o Frank Gehry é um apaixonado por Portugal, diz ela, e adorava fazer um projecto aqui.
Nós já sabemos isso, até sabemos que ele já recebeu uns dinheiritos por um projecto que nunca fará, o do Parque Mayer.

Autêntica maravilha essa a de ganhar dinheiro sem fazer népia, assim qualquer um se apaixona. Fica a minha promessa de me apaixonar pelo Sahara se os 10 países que o possuem se cotizarem para me pagar 2 milhões e meio de euros por uma maquete,como o do projecto que já foi enterrado pelo António Costa.

9 comentários:

maria faia disse...

Não sei se tenho orgulho no meu país, mas sei que adoro ser portuguesa e que não trocava por mais nenhum país, pelo menos daqueles que conheço e daqueles que nem me interessa conhecer.

xistosa, josé torres disse...

Não sou assim tão patriota ...
Depois de reler a história, verifiquei a arrogância dos espanhóis que nos dominaram ... era eu muito pequeno e eles chamavam-se Filipes.
Já o disse, não sei se nesta casa, mas volto a repeti-lo, se têm transformado Lisboa na capital e não olharem para a aridez madrileña, não tenhamos ilusões que a esta hora estaríamos "hablando o escribindo".
Nasci para viver e depois de tudo o que passei ao longo 4 arrobas mais 10 quilos de peso/tempo, não tenho pruridos em mudar de profissão, quer dizer, nacionalidade.
Na minha idade, queremos qualidade de vida e assistência médica, que felizmente nunca necessitei, mas lá chegará.
No dia que o meu filho casar, vendo o cardenho e vou para Espanha.
Tenho sorte, porque até lá, a cremação é mais barata do que aqui.
Que se lixe a república das bananas e dos amigos|

Luís Maia disse...

Um país é um colectivo e eu detesto a maioria do comportamento dos meus concidadãos. Os de agora e os de sempre a nossa mesquinhez a inveja a má língua, caracteristicas do ser português.

Ao contrário do que se possa pensar, porque tenho muitos blogues sobre a matéria, sob o ponto de vista histórico tenho o maior dos desprezos pela maioria dos feitos nacionais.

Já que se fala em espanhóis fomos indiscutivelmente mais filhos de puta para com eles que o contrário. Os Filípes não conquistaram Portugal o trono foi herdado legalmente e apoiado pela maioria da nobreza portuguesa, que como sempre queria mama.

Se alguma coisa me merece alguma consideração, ainda é o pobre povo da NOSSA TERRA, massacrado, abandonado e desprezado, pelas cliques de poderosos e ainda hoje por uma burguesia vampiresca.

Mas é mole, sempre foi e não tem capacidade de revolta, para além da mesa do café e de bater na mulher.

Não tenho nenhum orgulho em ser português, por falta de motivos.

Quais são eles Maria Faia ?

Luís Maia disse...

Xistosa

Só para lembrar que estamos a falar no tempo do Império Espanhol onde o sol nunca se punha, porquê Lisboa centro do Império ?

As preocupações com o Império eram muitas, os Países Baixos incomodavam, porque eram lutadores e desprezavam o domínio espanhol. Aproveitaram para atacar o Brasil, porque os inglese deixaram.
A nossa nobreza mamava, mamava e não chateava, foram 60 anos assim, o 8º duque de Bragança, tão profusamente idolatrado por alguns historiadores em especial os do Estado Novo estava-se nas tintas para a Independência, foi obrigado a ser Rei por pressão popular e da pequena nobreza, a que não mamava.

maria faia disse...

Andas zangado Luís!
Pôr Lisboa como Capital porque Filipe II de Espanha adorava Portugal.

Depois meu lindo, eu sou do povo!
Não sei de onde és tu, mas eu sou povo, felizmente!
És parvo em falar assim dos nossos reis, porque desde Afonso Henriques, foram bons oa da primeira dinastia, tendo D. Dinis sido o expoente máximo e infelizmente acabou com D: João II.
Mas até lá podes ter orgulho dos reis portugueses, bem mais inteligentes e a velar pelo seu povo do que qualquer outro reino da Europa ou Rússia ou o que quer que tu queiras.
E se não pensares assim é porque és parvo de tão teimoso.

A maioria do país é povo, não é nem burguesia nem mais nada, por isso nem percebo o que dizes.
Inveja, só dos portugueses?
Deves conhecer pouco os outros.
Já agora a Inveja é um pecado capital, segundo a igreja, exactamente porque eles no sec. III sabiam que iam existir portugueses.
Gargalhadas ruidosas!!!

maria faia disse...

Xistosa
ainda bem que já acabou a Guerra de Espanha e o Franco!
Espero que não apanhes as sequelas do Aznar!

Luís Maia disse...

Maria Faia
És um poço de revelações para mim, onde leste essa do Filipe II, adorava Portugal ?

Lisboa capital do Sacro Império Romano Germânico que herdara de seu pai Carlos V ?
Filipe adorou o controle do Império Colonial Português que lhe caíu no colo depois das Cortes de Tomar.

Matéria deste tipo estuda-se e debate-se, para além de simples comentários. Aceito discutir a questão com quem queira falar sobre a matéria no terreno próprio. Tenho vários espaços abertos para essa discussão, nos meus blogues de História.

Nesse blogus tento até não ser caústico, mas entradas que faço, tento limitar-me aos factos conhecidos, tentando não ser demasiado parvo, nem azedo.

Por acaso em 34 Reis, acabas a respectiva glorificação no 13º. Aproveitas 300 anos de monarquia enterrando os outros quase 500 anos, afinal não vou tão longe como tu.

O povo é como é, porque sofreu, isso é verdade, foi enganado tornou-se desconfiado. Sempre explorado e miserável, tornou-se invejoso e mesquinho.
Eu também sou do povo, tento contudo não ser o que detesto nos outros.
Sou teimoso realmente

maria faia disse...

Ainda bem que ainda aprndes alguma coisa comigo!

Vou discutir aqui, porque foi aqui que começamos esta discussão e não vou para mais lado nenhum.

Tu, meu lindo, apesar de ser sempre uma alegria discutir contigo, é que só lês a história de Portugal, pelos vistos.

A de Espanha diz que Filipe I de Portugal e II de Espanha, adorava Portugal. E claro que adorou ter ficado com o Império português.

Pois é, fico-me realmente pelo D. João II, visto ter sido o último rei que teve estratégia para este nosso país.
No colo de D. Manuel caiu tudo o que D. João II tinha planeado e começou a estupidez sem limites de mandar os judeus embora. A Holanda é que ganhou com isso, tornando-se logo de seguida a Senhora dos Mares.
D. João III é o novo-rico e com ele começa o tudo quanto te insurges. E a Inquisição, também, não pequena coisa, oficialmente, pois já existia.
Depois nós somos os descendentes das mulheres e dos loucos que por serem loucos, ficaram no reino e não foram a AlcácerQuibir.
Toda uma geração perdida!
Haverá maior besteira?

Esta foi em jeito de brincadeira, mas a brincar, a brincar, foi o macacao ao....

A quarta dinastia, nem vale a pena falar, a não ser em D. Pedro, na Carta Constitucional, e em D. FernandoII.

Vá nada de zangas, que não tenho paciência.

Luís Maia disse...

Minha querida

Eu nunca me zango, quando discuto ideias, muito menos contigo

Luis Maia

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