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3 de outubro de 2008

Vamos ter um super-polícia

Casa Comum, 31 de Julho de 1928

É de facto maravilhosa a sensação que colhi da visita que lhe fiz, onde à volta do nosso cházinho em fim de tarde, ouvir essa soberba
9ª Sinfonia do nosso Beethoven, como gostamos de lhe chamar.

A música de Beethoven, tem realmente qualquer coisa de empolgante, libertador, apetece sair para a rua e gritar Liberdade, ou vivas à Republica, de cujos ideais nos vamos afastando cada vez mais e infelizmente não só em Portugal, veja o rumos dos acontecimento por exemplo na Itália do sr.Mussolini e seus fascistas.

Por cá foi criada uma Intendência Geral de Segurança Pública, que engloba a GNR a PSP e todas as outras polícias, que ao que se me constou v
ai ser comandada por um super-polícia, Ao que me disseram fala-se no Coronel Mouzinho de Albuquerque.

Os generais situacionista, estão cada vez com mais força, o primeiro-ministro o agora general Vicente de Freitas, parece-me encalhado (apesar de tudo), entre o Carmona, presidente da Republica e o crescentemente preponderante Salazar, SÒ ministro das Finanças mas que tanto agrada ,aos militares afectos ao regime.

Estão presas já centenas de pessoas, mas os inúmeros levantamentos que se registam por todo o Pais parecem-me inconsequentes, por falta dum elemento catalizador. Os movimentos políticos novos e que poderiam, trazer alguma "frescura " revolucionária, ultrapassando os velhos conceitos republicanos ou o sindicalismo anarquista, ainda são demasiado jovens para se imporem, pelo menos foi o que depreendi, há dias quando falei com um recente militante do Partido Comunista, de nome Bento Gonçalves, oriundo dos quadros do Arsenal do Alfeite, onde era torneiro mecânico, mas já ali desenvolvera uma grande actividade sindical, embora só tendo 26 anos.


Enfim à maneira de Breton termino por hoje citando-o "A palavra Liberdade é tudo o que me exalta ainda"

2 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Portugal rima com polícia. Os portugueses adoram o jugo... mudem-se os tempos mas não se mudam as vontades.

Luís Maia disse...

Quando defini este tipo de blogue, não tive intenção de provar que a História se repete, não quis contrariar essa norma, porém quando preparo as entradas estou sempre a tropeçar em algo que permite analogias curiosas.

Realmente são as idiossincrasias nacionais que nos puxam para a subjugação mas voltamos ao mesmo, basta passar pela história deste povo e logo se concluí que sempre tivemos que escolher entre "subjugações", preferencialmente escolhemos a Inglaterra, para nos defender dos outros "meninos".

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