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27 de outubro de 2008

Ópera no fim de ano

Casa Comum, 31 de Dezembro de 1928 A morte de Sebastião Magalhães de Lima, no passado dia 7 de Dezembro, desencadeou fortes manifestações oposicionistas, que em torno da sua personalidade se encontraram para mais uma vez contestar a ditadura "militar-pontifical" que se desenha no panorama político cada vez mais acentuadamente, Você sabe amiga que eu não sou maçon, como o nosso homem dos sete-ofícios, advogado, jornalista, etc. mas acima de tudo rico, que dá imenso jeito, para se construir uma vida de independência, como aliás ele nas suas memórias não deixou de reconhecer "penso que é pela independência material que se consegue a independência moral", Tudo isso é verdade minha amiga, muito embora para alguns a independência material, nunca é suficiente para alimentar a enormidade da sua imoralidade, mas isso digo eu. Embora advogado de formação, é nos jornais que encontra a sua vocação e o livre curso, par dar asas ao seu republicanismo, nas páginas de O Seculo que ajudou a fundar e já lá vão quase 50 anos, embora esse jornal, já não conte com a sua participação. Figura de grande prestígio também no estrangeiro, é um dos símbolos da República e é essa imagem que os manifestantes pretendem enaltecer, contrapondo à Ditadura, como não podia deixar de ser. Magalhães de Lima, nunca quis cargos públicos, para além duma passagem fugaz como ministro da Instrução em 1915, era nos últimos anos um homem desiludido, sobretudo depois da candidatura frustada à Presidência da República. Hoje passagem do ano, vou reunir alguns amigos aqui em casa esperando que a minha amiga se reuna a nós para ouvirmos integralmente a Cavalleria Rusticana acha boa ideia ? Apareça tenho chá e bolinhos e os os votos que 1929 seja bem melhor.

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2 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Já aqui deixei expresso que não sou nada, de e em, História.
Para ser sincero, nunca tinha "ouvisto" tal personagem.

Agora que li, fui ver o "curriculum".
Vidas que a grande maioria das maiorias desconhece.

Penso que os seus escritos mereciam outra visibilidade.

A cultura pode ser pesada para alguns, mas para muitos, é uma leveza que nos leva ou transporta, para outras paragens.

Penso que um grande valor se está a perder, por ter-se disperso tanto.

Por vezes nem sei como comentar.

Não tenho a s/experiência e principalmente a bagagem, mas um blog, onde cada dia fosse um hino, como os que dispersa por aí ... penso que seria um caso sério.

Luís Maia disse...

Obrigado meu caro José Torres

pelas suas palavras.

O que vou fazendo aí pela blogosfera, não é mais do que ir deixando notas do meu próprio estudo de coisas que gosto.

Em vez de as fechar na gaveta, largo-as por aí, procurando fazê-lo de forma organizada para que seja fácil seguir. É assim em todos os blogues de História que tenho.

Neste caso é um pouco diferente. são coisas do nosso tempo. Recuei a 1928 e não foi por acaso, como se vê procuro reconstruir um percurso, mas não quero que isto seja apenas um libelo anti-Salazar.

Há tanta coisa bela feita pelo Homem, vale a pena lembrá-las não acha ?

Mas o talentoso não sou eu, são muitos de vós que o têm e usam.

A vida é assim um fazem, outros tomam notas como é o meu caso

Um abraço

Temas e Instituições