Querendo ver outros blogs meus consultar a Teia dos meus blogs

3 de dezembro de 2008

Domingos Oliveira o verbo de encher

Casa Comum, 31 de Maio de 1930

O tempo passa célere minha cara amiga Severa e já passaram 4 anos, desde o fim da república, consignado no golpe militar conduzido por Gomes da Costa, a "Revolução Nacional" como lhe chamam, os apaniguados da ditadura e lá foram os militares "generalados" ao beija mão a Salazar, numa sessão realizada na sala do Risco do Arsenal do Alfeite da Marinha, em Lisboa.

O Domingos de Oliveira a fingir de presidente do governo, chamou a atenção, para a necessidade de preparação da "nova ordem constitucional coma organização política civíl, que possa manter e continuar a obra da Ditadura, garantir a normalidade da vida pública concorrer decisivamente pata o fortalecimento e felicidade da Pátria".

A normalidade da vida pública, disse o chefe do governo, que como sabemos se assegura prendendo e deportando as vozes que se levantam em oposição como a de Cunha Leal, que depois duma estadia no Aljube, foi transferido para Ponta Delgada.

Essa é a normalidade da Ditadura, pois como você sabe também estão presos João Soares, Moura Pinto, Tavares de Carvalho, Carneiro Franco e Raúl Madeira.

Aliás pouca importância teve o discurso de Domingos Oliveira, a palavra do ministro das Finanças e das Colónias é que era aguardada, determinando de novo quem era o verdadeiro estratega do regime.

A palavra de ordem central de Salazar, centrou-se no Acto Colonial que foi publicado no passado dia 8. de acordo com a lógica da ideologia imperial de Portugal enquanto potência colonizadora.

Olhe minha querida vamos à música que é o que verdadeiramente nos enriquece e aquece a alma, nada como Beethoven , que me diz ao 3º Piano Concerto op. 37 ?







7 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Nunca gostei de história, mas "exultei" com o Acto Colonial de 1930 ou 1933, onde parece que foi reforçado.
A partir daí todos os portugueses eram Imperiais e donos duma parte, algures, do mundo.
Nunca mais faltou a cerveja!!!
Que grandiloquência ...

Luís Maia disse...

Meu caro José

Digamos que isto não é história, são recordações (más) do passado, porque se baseiam na minha leitura, em queda livre, sem o apoio dos mestres como faço nos outros blogues cá do estudante de História.

Um abraço

Táxi Pluvioso disse...

Outros tempos! Tinham de recorrer à deportação. Actualmente já não é necessário: existe a chamada "morte fiscal". Sem dinheiro as pessoas desaparecem. Nas ruas são invisíveis, nos meios de comunicação, nem entram.

Luís Maia disse...

Os objectivos são os mesmos nalguns casos.

Mas meu caro Táxi sabe o que ficava bem neste blogue era uma participação sua falando da "sua" música neste anos trinta, como só vc saber fazer.

Nem sabe a honra que me dava

Luís Maia disse...

Caro Táxi

Faço uma rectificação ao comentário anterior. Fica a ideia que vc fala de música, quem não conhecer a qualidade dos seus posts, poderá pensar que assim é .

A música envolve os seus magníficos comentários, são parte deles mas não são "o comentário"

Táxi Pluvioso disse...

Não teria vagar para tal. De facto, quero escrever um post com música desse tempo mas ainda não surgiu a oportunidade. Tempo é coisa que me falta.

Luís Maia disse...

Nesse caso quando o fizer peço-lhe autorização para o mencionar aqui em casa Ok ?

Temas e Instituições