«On ne naît pás femme, on le devient»
Simone de Beauvoir escreve O Segundo Sexo (Le Deuxiéme Sexe) em 1949.
Quando o li, às escondidas dos meus pais, teve enorme impacto em mim, pois já nessa altura, teria uns dezasseis anos, contestava as semanadas diferentes que eram dadas aos meus irmãos e a mim.
Pensar que foi escrito em 1949!
É esta data que é importante, porque esta Mulher defende, no primeiro volume do livro, a igualdade da Mulher perante o Homem.
Defende durante todo o livro, que a mulher não deveria abdicar da sua carreira, nem a favor do marido nem dos filhos.
Diz mesmo, que deveriam ser os homens a incentivar as suas mulheres para serem mais empenhadas nas suas carreiras e na política. Num mundo onde os dois fossem iguais, serião os dois mais livres.
E se hoje este volume parece datado, não o é apesar de tudo, pelo menos em Portugal.
A luta pela igualdade entre a Mulher e o Homem tem leis, mas não tem prática, nem em casa, nem no trabalho e muito menos na política.
O segundo volume debruça-se sobre a condição da Mulher em todas as suas dimensões, sexuais, psicológicas, sociais e políticas.
É Simone de Beauvoir que fala pela primeira vez no orgasmo feminino e na diferença psíquica que existe entre a ejaculação do homem e o orgasmo feminino.
O homem quando atinge a ejaculação, atinge também a pausa do desejo, senão mesmo o fim desse desejo.
A mulher quando atinge o orgasmo continua pronta para os que poderão seguir-se, visto a sua natureza ser mais psíquica do que fisiológica.
O prazer do homem sobe em flecha até atingir o orgasmo, e apaga-se de seguida, enquanto o prazer da mulher ondeia por todo o seu corpo, por isso o coito para ela nunca estar completamente acabado.
Por isso ser para a mulher tão “doloroso”a separação dos dois após o acto sexual e ela gostar de o ter dentro até todo o seu maravilhamento a deixar.
Evidentemente que há homens e mulheres que reagirão de modo diferente.
Este livro foi para mim, a abertura para o mundo da carne e do sexo, a hipótese de raciocinar sobre assuntos tabus, de que ninguém falava, e nem às amigas se dizia que se tinha lido.
5 comentários:
Em encontros ocasionais, concordo que possam ocorrer disjunções.
Já numa vida, "vivida" a dois, temos a obrigação de MINUCIOSAMENTE, não o posso escrever com letras "mais" maiúsculas, que isto aqui não o permite.
É uma obrigação o conhecimento mútuo, sobre tudo, neste caso sobre a sexualidade de cada um.
Só assim se poderá prolongar a relação, quer a momentânea de sexo, quer a duma vida com sexualidade activa.
Nunca li nada sobre sexo tãntrico, assisti há uns anos a dois programas na TV.
O que vi e ouvi, sobre o prolongamento do prazer, que é quase sempre incompleto para a mulher, é fácil de de solucionar.
Ou parece ...
A posição da mulher sobre o homem, permite a esta, com os movimentos pélvicos, tirar proveito da erecção masculina e atingir a ejeculação e, dependendo da cumplicidade com o parceiro do, ou de, orgasmo(s) múltiplo(s).
Mas o homem também sente prazer no "sentir prazer" da sua parceira.
Esta, concomitantemente com o parceiro tem que saber prolongar o acto, "apercebendo-se" do "estado" de excitação dele.
Só assim uma relação se renova, com coisas "velhas"
Num assunto mais que sério, pois além da obrigatoriedade de nos alimentarmo-nos, temos que viver do sexo e para o sexo que criámos ao longo da vida, o último parágrafo, já está "a mais".
Mas não tenho emenda ...
O meu inglês ... , bem falemos de dois sites, com algo de interesse.
http://www.the-clitoris.com/f_html/ejacula.htm
http://www.incontinet.com/images/Skene's%20Glands.JPG
Em pleno séc. XXI, a medicina, não conhece a banalidade, (eu sei que não será assim), da sexualidade feminina.
Mal vai o mundo.
Uma boa semana!
Sim,sim, pois, pois.
Mas o que é certo é que a maioria das mulheres é raro atingirem o orgasmo, e que a maior parte dos homens pensa que a culpa é delas.
Há poucos homens como tu e o Luís Maia.
Vou ver os links.Obrigado
Um casal que se conheça suficientemente bem, (nunca poderá haver um unitarismo sexual), nas relações sexuais, inclusive, pode "descobrir" o êxtase simultãneo, só com o "conhecimento" que possui do parceiro.
Não é na juventude que aprendemos, é com o avançar da idade e a conivência mutua.
Mas o orgasmo feminino, não é uma elementaridade tão banal ... não me quero alongar, mas a frivolidade de algumas, condicionam a relação.
Conheço, muito bem e de perto um caso dum casal que se separou porque a mulher não queria ter, regularmente ou irregularmente, relações sexuais com o marido.
Fomos todos colegas e eu que não tenho pejo, - (ás vezes sou inconveniente, mas sou assim, quando dou por ela, já é tarde demais) - em dizer frontalmente o que penso, antes da separação, ou talvez não ... isto já se arrastava há bastante tempo, fui jantar a casa deles e depois dos dois filhos se deitarem, falei abertamente e olhos nos olhos.
Quando saí, fiquei convencido que ela era lésbica ou com tendências homossexuais.
Já lá vão ... 22 anos.
Ela tinha 37 anos e não era dum dos tipos: "as mortas e as vivas", era vistosa e apetecível.
Vive só ... e nunca a vi com nenhum ser vivo, macho ou fêmea!
Ás vezes na brincadeira pergunto-lhe quando vai para freira, para ser beatificada, pois não conheço nenhuma Santa Angelina.
O ser humano é um caleidoscópio, alguns não possuem as cores necessárias a uma boa impressão na reflexão.
Começando a escrever, perco-me.
Uma boa semana!
Por princípio, não leio o que escrevi.
Nem sei se fui ou não inconveniente.
Também não ligo muito a isso.
Nasci assim, sou assim, serei assim e morrerei assim ...
Sóp quero morrer de barriga para o ar ...
Boa semana!
Também sei de mulheres que não têm nenhum prazer e que são incapazes de ir ter com um médico, para desabafarem e verem qual é o problema.
Porque às vezes existem problemas que são tão facilmente ultrapassados.
Mas não são estes a maioria dos casos, Xistosa, porque muito que te custe.
Aqui, nunca nada é inconveniente.
Enviar um comentário