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16 de fevereiro de 2008

Timor



Como já se notou não percebo nada de política, mas tenho as minhas ideias, e hoje vou-me pôr para aqui a raciocinar alto, o que aliás, me é completamente fundamental.

Não sei se já alguma vez viram, salvo os advogados, que penso também hão-de andar de um lado para o outro a pensar e a discursar, uma pessoa a pensar alto, no fundo a verbalizar o pensamento.

A mim é-me necessário e muitas vezes dou pelos erros, outras é o Funes que me vem ajudar, quando lê e para aí está virado.

Pugnei pela Independência de Timor, apesar de sempre ter pensado que muito possivelmente ficaria a ser um protectorado da Austrália.
Quando vi Xanana Gusmão, depois de ter sido Presidente de Timor, passar a candidato a 1º Ministro, cheirou-me a esturro.
Pensei que haveria alguma história por trás, sem perceber muito bem qual seria e sem me importar muito em me documentar sobre o assunto.
Continuo sem me documentar, por isso é que estou a pensar alto.

Que diabo, ninguém achou estranho que o Major Reinado tivesse sido morto uma hora antes dos atentados?

Que dizer das Forças das Nações Unidas, terem deixado entrar na cidade um pequeno grupo de revoltosos para atacarem o Presidente da República e o Primeiro-ministro?

Que dizer das forças Australianas não terem ido socorrer Ramos Horta?
Foi preciso ser a GNR (da qual fiquei verdadeiramente orgulhosa) socorrer Ramos Horta meia-hora depois de ter sido baleado?
Mas que estavam os australianos à espera? Que ele morresse?

Porque foi a só GNR, mais uma vez, à casa cercada de Xanana Gusmão, para de lá tirar a sua mulher e filhos?

Mas a quem interessa tudo isto?

Li agora uma notícia da RTP:

"……O relatório preliminar pede à PGR a emissão de quatro mandatos de captura que permitirão dar início a uma operação que deverá ser desencadeada pelas forças de segurança, incluindo a Polícia das Nações Unidas e a Polícia Nacional e que levará à prisão dos suspeitos…."

Mas estarão as Nações Unidas a brincar connosco e com os Timorenses?

UMA OPERAÇÃO QUE DEVERÁ SER DESENCADEADA PELAS FORÇAS DE SEGURANÇA, INCLUINDO A POLÍCIA DAS NAÇÕES UNIDAS E A POLÍCIA NACIONAL E QUE LEVARÁ À PRISÃO DOS SUSPEITOS

Mas estão todos doidos?
A polícia das Nações Unidas, a mesma polícia que não socorreu Ramos Horta e nem tentou salvar a mulher e os filhos de Xanana Gusmão, é que vai desencadear a operação para levar à prisão os suspeitos?

Mas o que é que se passa na cabeça daquela gente?
Mas não verão que não têm nenhuma moral, nem honestidade para fazerem o que quer que seja?

Mas não perceberão que são eles próprios os primeiros suspeitos?

São perguntas a mais sem nenhuma resposta.
São por enquanto os meus pensamentos, que se estão a inclinar forte e perigosamente para a culpabilidade da Austrália.

4 comentários:

xistosa, josé torres disse...

Timor tem "petróleo e gás para dar e vender".
Ninguém toma posições extremas ... nem Portugal, nem a Austrália.
Tenho pena do povo tiomorense, mas só pode viver sobre uma mão de ferro.
Não se submetem á democracia ...
talvez seja um local único no mundo para estudar a psicologia das multidões, quando segmentadas em pequenos grupos.
Desde que D. Ximenes Belo partiu, deixei de ver e ouvir Timor.
Não sou católico, ou penso que não seja ... a vida prega-nos rasteiras mesmo "baixas" ...
Nunca percebi e política daquele "rico" país.
Nem quero perceber ...
(ás vezes ponho-me a pensar se não fomos os culpados de isto tudo.
Eu sei que não ... e se tiveram a independência, podem agradecer a um pequeno povo de escravos, ao lado da Espanha ...

Bom fim de semana ...
Hoje não é dia de testamento!

maria faia disse...

Se soubesses Xistosa, como gosto de te receber e de ler.

No fundo, no fundo, tivemos culpas, muitas Xistosa.

Nunca fizemos nada pelas colónias, por nenhuma delas.
Como todos os colonizadores, só interessava, que os autóctones fossem atrasados e não levantassem cabelo.

Quando saíram, deixaram o caos, sem técnicos, sem políticos, sem chefias, etc.

A Independência de Timor foi uma reparação, mas continuavam sem nada, analfabetos a maior parte.

O Petróleo e o gás está a Austrália a fazer as perfurações, mas não dá trabalho a ninguém, e enquanto não houver a hipótese de ter empregos, nunca nada se fará.

xistosa, josé torres disse...

Ainda são resquícios da ocupação Indonésia ... mas o timorense, diz quem sabe, não gosta de trabalhar.
Agora mesmo que gostasse não tem emprego, nem vê perspectivas.

Mas há muita coisa mal contada no meio deste tiroteio.

maria faia disse...

também acho Xistosa

só gostava de saber, a quem este tiroteio vem favorecer

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