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11 de abril de 2011

A guerra israelo-árabe



  • Casa Comum, 31 de Julho de 1948
  • NOTAS PARA MEU DIÁRIO
  • Morte de Bento de Jesus Caraça
Foi no passado dia 25 de Junho que faleceu Bento de Jesus Caraça vitimado por um reumatismo articular agudo

Tinha apenas 47 anos, e o seu funeral foi uma impressionante manifestação de pesar e de homenagem sentida a um dos maiores vultos da intelectualidade portuguesa que jamais traiu a sua humilde e honrada condição.


A funeral foi uma grande manifestação política. altamente vigiada como se pode seguir no
relato que João Silva nos faz

Recordo nos dias de hoje as suas palavras construímos cinemas sumptuosos e temos falta de casa de habitação. Gastamos em navios de guerra o dinheiro necessário para as escolas. Os ricos podem gastar num só jantar o salário semanal de um operário, enquanto o operário não pode enviar à escola os filhos insuficientemente alimentados são estas frases que definem a ideologia que deve marcar a linha orientadora dum governo, não se é esquerda ou de direita colando rótulos mas sim pelo sentidos das orientações políticas que se tomam.
  • Os Jogos Olímpicos de Verão de 1948
Os Jogos Olímpicos de Verão de 1948, conhecidos oficialmente como Jogos da XIV Olimpíada, foram realizados pela segunda vez em Londres - após doze anos de interrupção devido à II Guerra Mundial iniciaram-se anteontem dia de 29 de Julho e vão terminar em 14 de Agosto .

Assim como os Jogos de 1920 tinham acontecido em Antuérpia, como uma homenagem do Comité Olímpico Internacional ao sofrimento do povo belga durante a Primeira Guerra Mundial, Londres teve essa honraria pela segunda vez em virtude do martírio que a cidade havia sofrido durante a guerra, especialmente com os bombardeios perpetrados pela força aérea nazi durante o período de 1940-41, que devastaram a capital inglesa.

Participam nesta edição dos jogos um total de 4.099 atletas provenientes de 59 países.
  • A Guerra israelo-árabe
A declaração de independência de Israel, foi assinada às 4 da tarde do dia 14 de Maio de 1948, o salão do antigo Museu de Tel Aviv, algumas horas antes do término do mandato britânico sobre a Palestina.e nessa começa a guerras entre esse recém nascido país e os seus vizinhos árabes.

Os ataques árabes vieram de imediato. Exércitos de cinco países – Líbano, Síria, Egito, Iraque e Transjordânia (a Legião Árabe, treinada pelos britânicos) – acometeram, naquela mesma tarde, o território então dominado pelos judeus em diversos pontos de suas fronteiras.

Combates ferrenhos se seguiram nas duas últimas semanas deste mês, com os defensores buscando manter suas posições contra as investidas na maioria das vezes desorganizadas dos vizinhos.

Os egípcios, convencidos de uma batalha fácil, enfrentaram inesperada resistência dos Kibutz que teem sido transformados em pequenos fortins eriçados de arame farpado. Preparados para chegar a Jerusalém em apenas alguns dias, as deficiências egípcias começaram a notar-se logo no segundo dia de combates.

As munições começaram a faltar aos egípcios, e a alimentação começou a falhar.

Sem capacidade logística adequada, a avançada egípcia parou logo no inicio.


Já na frente oriental, as forças da Jordânia, muito mais disciplinadas, melhor preparadas e armadas avançam cumprindo os planos previstos. Jerusalém ficou cercada pelos jordanos que ocuparam a principal estrada de acesso a Jerusalém, sem que as forças de Israel as conseguissem desalojar depois de várias tentativas. Jerusalém estava condenada e teria que render-se aos jordanos.


O Conselho de Segurança das Nações Unidas apresentou, no dia 20, uma proposta de trégua – bem recebida por ambos os lados e aprovada nove dias depois.

O cessar-fogo, negociado pelo conde sueco Folke Bernardotte, mediador da ONU, entra em vigor no dia 11 de Junho e é válido por um mês – período em que nenhum imigrante poderá ser recrutado, e que todos os combatentes estarão proibidos de receber qualquer tipo de armamento.


Enquanto isso, o Conselho de Segurança prepara um novo plano de conciliação – que, seja qual for, miseravelmente estará fadado ao fracasso. A partir de agora, não há dúvidas, apenas as armas falarão por árabes e judeus
  • O Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente
Logo após a guerra, os Aliados indiciaram 25 indivíduos como criminosos de guerra Classe-A, e 5.700 indivíduos como criminosos Classe-B ou Classe-C.

Destes, 984 foram inicialmente condenados à morte, 920 foram realmente executados, 475 pegaram prisão perpétua, 2.944 receberam variadas penas de encarceramento, 1.018 foram absolvidos e 279 não foram sentenciados ou não foram julgados.

As acusações Classe-A foram todas julgadas pelo Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente, também conhecido como "Julgamento de Tóquio".
O Tribunal Militar Internacional para o Extremo Oriente foi constituído para julgar acusados no próprio território japonês.

Entre os oficiais de alta patente julgados, estavam Koichi Kido e Sadao Araki.

Três ex-primeiros-ministros (nomeados): Koki Hirota, Hideki Tojo e Kuniaki Koiso foram condenados por crimes de guerra Classe-A.


Hirohito e todos os membros da família imperial envolvidos com a guerra, tais como os príncipes Chichibu, Asaka, Takeda e Higashikuni foram isentados de processos criminais por MacArthur, com a ajuda de Bonner Fellers, que permitiu que os principais suspeitos de crimes de guerra combinassem previamente suas histórias de modo a poupar o imperador de qualquer acusação.
  • O afastamento de Abel Varzim
Acusado pelo governo Salazarente de utilizar um estilo marxista e com ele prejudiar a alma da Nação, é proibido o jornal católico O Trabalhador orgão oficial da Liga Operária Católica e da Juventude Operária Católica JOC dirigido pelo padre Abel Varzim.

Com o beneplácito de Manuel Gonçalves Cerejeira o cardeal patriarca de Lisboa, é o padre Abel Varzim parco da igreja da Encarnação afastado de todas as suas funções em Lisboa e transferido para a paróquia de Cristelo no concelho de Barcelos, sua terra natal

Abel Varzim doutorado em Lovaina no seu regresso a Portugal depois duma passagem pela Assembleia Nacional entre 1938/42, acabou por se afastar depois do seu célebre “Aviso-Prévio” que ali apresentou em 17 de Fevereiro de 1939, sobre os Sindicatos Nacionais, em que
criticava certos aspectos da organização sindical Corporativa, onde mencionava a acção do Instituto Nacional do Trabalho e Previdência, e nomeadamente a sua ineficácia em muitos aspectos.

Esta passagem pela Assembleia Nacional ficou também marcada pela intervenção que proferiu, no dia 6 de Fevereiro de 1941, “manifestando a sua discordância” com os termos do Decreto-Lei n.º 31.107, que regulamentava as condições económicas do casamento dos militares em serviço.

Os ataques e ameaças que, então enfrentou, afastaram-no definitivamente das ideias do Estado Novo.

1 comentário:

Táxi Pluvioso disse...

Como as coisas são, a vida dá cada
volta, atualmente vamos retroceder ao nível de miséria dos tempos de Salazar. boa semana

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