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2 de julho de 2010

Ialta uma conferência para dividir a Europa



  • Casa Comum, 31 de Março de 1945
Cara amiga


Não foi a primeira vez que abordam esta temática,em 1939 fizeram-no, porém as condições com que se encontraram agora em Ialta, são felizmente diferentes, tem o cheiro da vitória, que em 39 não havia

Winston Churchill, Franklin Roosevelt e Josef Stalin, reuniram-se entre 4 e 11 de Fevereiro passado no Palácio Livadia, numa estação balneária, nas margens do Mar Negro, na Crimeia, para definir a partilha da Alemanha, cabendo à União Soviética o predomínio sobre a zona Oriental, enquanto as potências capitalistas prevaleceriam na Ocidental.

Mais do que a partilha da Alemanha cuja derrota está eminente, julgo contudo que estarão a discutir, as suas zonas de influência na Europa e que ultrapassará por certo em muito as fronteiras alemãs.

Enquanto isso, o avanço das tropas aliadas e soviéticas chega ao território alemão. O avanço dos dois exércitos já havia sido previamente combinado, ficando a tomada de Berlim a cargo do Exército Vermelho.

Falou-se também a criação duma Organização de Nações Unidas. com o objectivo de acabar com as guerras e sonho é ajustar as divergência nos gabinetes, é um sonho lindo, que não sabemos se virá a acontecer

Pois como a minha amiga como sabe, tenho esta paixão pelo cinema português, muito embora por vezes o resultado não seja grande coisa. Desta vez fui ao Politeama ver o novo filme do Jorge Brun do Canto, que ele completou no ano passado, chamado "Um homem às direitas"


Para obstar à nossa dependência de matérias-primas, energia e ... de tudo o mais, que a guerra tem agravado e em muito contribuído para a penúria e para fome, Salazar lembrou-se de criar uma lei, a Lei do Fomento e Reorganização Industrial que pretende estabelecer as linhas mestres da política industrializadora para os próximos anos, que pretendendo condicionar as importações, desenvolvendo uma política concentracionista e monopolizadora, que em muito, tenho a certeza, vai enriquecer o seu lote restrito de amigos, no fundo meia dúzia de famílias.

Contaram que o ano passado tornou-se operacional uma máquina a que chamam computador e tem nome de gente, Mark I, fabricado por uma tal IBM no Estados Unidos, Howard Airen, um professor da Universidade de Harvard a dirigir.

MARK I foi construído na sequência da celebração, em 1939, de um contrato entre a Marinha dos Estados Unidos da América e aquela Universidade de Harvard para construção de um calculador de tabelas para uso na navegação. A IBM financiava a construção do calculador em 2/3 e o restante foi financiado pela Marinha dos Estados Unidos da América.

O MARK I tem cerca de 17 metros de comprimento por 2,5 metros de altura e uma massa de cerca de 5 toneladas. Quando em funcionamento, diz-se que reproduz o ruído de uma grande sala cheia de de velhinhas todas a tricotar ao mesmo tempo.

Enfim, cara amiga, americanices, gastar tanto dinheiro para calcular tabelas para a navegação parece-me que é mesmo de quem tem muito para esbanjar e não há guerra que o diminua.


Hoje cara amiga em memória dos mortos, de todos os mortos desta guerra, vamos ouvir Beethoven e a sua estupenda Missa solene.

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