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6 de dezembro de 2010

O funeral do Salazar errado


  • Casa Comum, 31 de Dezembro de 1946
  • Cara amiga



Desde 3 de maio de 1946 que o Tribunal Militar Internacional de Tóquio, iniciou as suas actividades, com o intuito de julgar o envolvimento dos militares e lideres políticos, a grande maioria quanto ao abuso de prisioneiros.

Crimes perpetrados por autoridades e tropas japonesas na ocupação da Coreia e da China, particularmente da Manchúria,não serão analisados por esta corte, pois a China instituiu 13 tribunais por sua conta,para julgar esses crimes.

O Governo português formula o pedido de adesão do País à ONU, mas URSS veta a entrada, de Portugal na ONU, por razões que se prendem com o regime ditatorial de Salazar.

A URSS argumentou que o Estado Novo, continuava a ser um regime fascista, directamente responsável pela vitória dos nacionalistas de Franco em Espanha e colaborante e parceiro comercial da Itália de Mussolini, da Alemanha de Hitler e da França de Petain, antes e durante a segunda guerra Mundial

Foi no dia 10 passado que o tenente Fernando Queiroga na sequência dum pacto que havia sido assinado em Almada em Setembro com o almirante Mendes Cabeçadas, o coronel Carlos Selvagem e Celestino Soares em que se comprometera a sublevar unidades militares no norte do País

Assim aconteceu quando após sublevar um destacamento de Cavalaria 6 no Porto, se dirigiu para o Sul, mas viria a render-se na Mealhada, por ter concluído que os apoios esperados tinham falhado.

A história deste malogro repetem-se demasiadas vezes das duas uma ou os golpes são mal organizados, ou muita gente se corta na hora da verdade.

Pelo menos com Queiroga, já é a segunda vez que acontece como em Coimbra na tentativa de 1938, onde aliás o golpe teve aspectos de rebelião monárquica.

No passado dia 29 foi a sepultar o médico Abel Salazar, um figura não só da Medicina, mas das Artes e uma figura da oposição à ditadura, pois desde 1935 estava afastado da sua cátedra e do seu laboratório, sem mesmo poder frequentar a biblioteca, nem ausentar-se do País, numa altura em que foram expulsos também outros professores universitários, como Aurélio Quintanilha, Manuel Rodrigues Lapa, Sílvio Lima e Norton de Matos, etc.

Mas Deus enganou-se no Salazar, não era a este que se devia dirigir a ordem de marcha.

2 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

Os derrotados serão sempre julgados é a lei da vida.

Bom Natal

Luís Maia disse...

São sempre os únicos a serem julgados

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