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7 de julho de 2009

O Pacto Ibérico ... amigos para siempre

Casa Comum, 30 de Abril de 1939

Cra amiga


Pois infelizmente acertei, depois da conquista de Barcelona, era evidente que a guerra civil de Espanha, havia terminado a marcha sobre Madrid foi um pró-forma para as forças nacionalistas de Francisco Franco e assim oficialmente a 1 de Abril, acabou formalmente aquela guerra, com a vitória das forças anti-democráticas que não aceitaram a vitória nas urnas dos republicanos. Depois de mais de 500.000 de mortos,( ainda estão por se obterem números exactos ) terminou o conflito, ficando para trás uma Espanha arrasada, dilacerada pela mais horrível das guerras a civil, no sentido em que se destroem famílias inteiras, combatendo-se ferozmente entre elas.


Antes do final dessa guerra, já Portugal e Espanha, trataram de rubricar um acordo de não agressão, a que chamaram Pacto Ibérico com a validade de 10 anos, tacitamente revogado, caso nenhuma das partes não o denuncie com seis meses de antecedência. No fundo em 6 artigos está definido um tratado de amizade e não agressão, que assinala afinal a política que Salazar já seguira em toda a guerra civil.

Nos tempos que correm a diplomacia movimenta-se intensamente, um prenúncio de guerra que se avizinha e desta vez por certo, com grandes proporções e por certo generalizada. A Alemanha e o Japão, assinaram um tratado em 1936 a que chamaram pacto Anticomintern e que essencialmente se opunha à Internacional Comunista (Comintern) e naturalmente à União Soviética em particular. Agora pretendem alargar esse pacto a outros Países, envolvendo a Itália, (como seria de esperar) e a Espanha franquista.

Salazar foi convidado a aderir, mas não aceitou, pelo menos coerência ele têm, anti-comunista primário ele é, mas individualista também, prefere só e neste caso a mal acompanhado (digo eu). A coerência que referi, é um facto pelo menos no que decorre de afirmação de pretender Portugal, rigorosamente neutral.

Pergunto-me como vai evoluir a situação na Europa ? Hitler perante a passividade, inglesa e francesa, vai prosseguindo a sua ameaça bélica, "decretou" o fim da Checoslováquia, reclamando para si os territórios da Boémia e da Morávia e a Itália invade a Albânia, anexando esse País em 7 deste mês, uma semana depois do desmembramento da Checoslováquia.

Já sei que a minha amiga, vai partir dentro de dias para Nova Yorque para visitar a Feira Mundial, que foi hoje inaugurada, espero que me mande notícias desse evento que tanto quanto sei contará com um pavilhão de Portugal.

A serenata sem esperança, que aqui lhe deixou cantada pela jovem revelação francesa deste ano Lucienne Delyle. Apenas com 23 anos, está fazendo um grande êxito



O convite musical é para a 1ª Sinfonia de Sibelius.




3 comentários:

Táxi Pluvioso disse...

O pacto ibérico foi bom, deu... caramelos, e agora dará Madrid (Cronaldo já abriu caminho, e quando houver TGV, estamos lá caídos todas as semanas).

xistosa, josé torres disse...

O bálsamo de quem não gosta de História, mas houve Lucienne Delyle.
Um bom momento para quem tem andado fugido, não da justiça, mas da morte.
Cumprimentos.

Luís Filipe Maia disse...

Caro José Torres

os problemas de saúde é que não fazem falta nenhuma.
registo sempre o seu comentário sobre a falta de gosto pela História.
Pensemos então que nada disto é História, são apenas recordações do passado. Por mim estou quase a nascer (1944)

meu caro táxi

Por acaso até nem sei se o Pacto Ibérico, foi alguma vez revogado, mas vou tentar saber.

Não tem nenhuma importância, ter sido ou não, embora tenha a sensação que o que existe hoje só tem vantagem para um dos lados, o deles.

Aos dois as minhas desculpas pela ausência, mas a culpa é do Verão (assim bem á portuguesa, que nunca têm culpa de nada do que lhes acontece)

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